sexta-feira, setembro 29, 2006

Linda Martini – Linda Martini

“Se o nosso amor é um combate…”

“O chão que pisas sou eu…”

Duas frases que são a montra do EP de estreia dos Linda Martini. São quatro temas, dois instrumentais, dois cantados numa onda experimentalista e pouco comum na música em Portugal.

Há quem os compare aos Sonic Youth, eu discordo e sinto a procura e exploração musical dos LM mais influenciada por Pink Floyd. Seja como for a banda não imita ninguém e limita-se a ser como é, diferente.
A forma de escrita, a colocação das frases na música e estrutura das canções estão enquadradas de uma forma pouco comum, o que torna todo o ambiente ainda mais interessante.

Ouvi este disco no carro várias vezes num dia estava chuvoso. É o ambiente ideal para ouvir este trabalho urbano, cinzento. “Amor combate” é uma grande canção. Gosto mesmo muito.

Os LM têm andado a fazer o circuito de bares que ainda existe em Portugal, mas não se têm limitado só a isso. Estiveram presentes em alguns festivais de verão e também já levaram a língua Portuguesa a terras de sua majestade.
Inglaterra e Irlanda receberam esta banda sendo que em dois dos concertos foram cabeça de cartaz. Na Irlanda os LM venderam cerca de 100 cds o que mostra o quanto quem esteve presente nos concertos gostou da sua música. “Mesmo sem perceberem patavina das letras” (segundo o manager da banda).

Assisti ao concerto que os LM deram no Super Bock Super Rock deste ano. Devo dizer que não gostei. O som estava péssimo e notava-se que não se sentiam à vontade. Quando soube que não tinha havido ensaio de som percebi o porquê.
Acho que está na hora de as bandas começarem a dizer não! Quando não há condições é preciso dizer não! Ou corre-se o risco de se perder público em vez de ganhar. É esta a ideia que tenho, mas percebo que a bandas novas seja difícil recusar a exposição que um festival destes pode dar. Será que foi benéfico para o nome Linda Martini? Eu acho que não, aliás acho que não é bom para ninguém, festival incluído.

Não basta ter o palco e o sistema de som para as condições estarem reunidas. É preciso existirem os meios para essas mesmas condições funcionarem. Neste caso, tempo. Meia hora que seja de ensaio para cada banda na manhã do espectáculo é suficiente para as coisas correrem bem. Assim o público pode ter a verdadeira percepção da música e não só as bandas e público ganham com isso mas o próprio festival também.

Os Linda Martini são bons, em estúdio e em palco.

Este disco pode ser comprado na Fnac de Coimbra ou nos concertos da banda. A edição foi limitada a 500 unidades por isso apressem-se.

O futuro espera pelos LM, que se se mantiverem juntos, coesos e a trabalhar como até aqui têm feito chegarão com certeza onde querem chegar.

Banda: http:// lindamartini@hotmail.com

My Space: http://www.myspace.com/lindamartini

Editora: naked@naked.pt

terça-feira, setembro 19, 2006

UHF nos Coliseus

Um marco numa viva...

Assim se vive a história de uma banda...

Assim se faz uma história de Rock em Portugal...

Ás vezes (a maior parte) contra tudo e contra todos os poderes instituidos...

Dá-me um gozo do caraças...

Cada vez me dá mais gozo...

Um pouco de nós para vós...

Um pouco de vós para nós...

Será pouco...? Ou será tudo...?

Nós nunca estamos sós...

Vocês são o nosso mundo.

http://www.uhfrock.com

segunda-feira, setembro 04, 2006

Iron Maiden – A Matter of Life and Death

Os Iron Maiden são provavelmente um dos maiores casos de culto do planeta. Basta ir a um concerto ou ver um dos dvds ao vivo da banda para perceber que além de praticamente toda a gente entoar as canções do principio ao fim, o guarda roupa de preferência da audiência tem Eddie estampado em algum lado.

A minha aventura com estes senhores Ingleses começou com “Seventh Son of a Seventh Son” para mim, ainda hoje, um dos melhores álbuns da banda. “Iron Maiden” e “Killers” foram o principio desta epopeia com voz de Paul Di´anno e a bateria de Clive Burr.

Daí para frente tornou-se um objectivo ter toda a discobrafia dos Maiden. Gosto de todos os discos, especialmente de “Killers”, “Piece Of Mind” (já com Bruce Dickinson e Nicko McBrain), “Powerslave”, “Somewhere in Time”, Seventh Son of a Seventh Son”, “No Prayer for the Dying” e “Fear of the Dark”.

As duas edições em que Bruce Dickinson não participa entre 1995 e 1998 – “The X-Factor” e “Virtual XI” não me atraem particularmente e apesar de já ter feito várias escutas nunca tive vontade de os ter. Estes dois momentos terão sido uma travessia do deserto ultrapassada em “Brave New World” com o desejado regresso do épico Bruce Dickinson. “Dance of Death” foi o disco de originais que se seguiu.
O novo “A Matter of Life and Death” continua a espalhar e espelhar o culto Maiden numa continuidade de “Brave New World” e “Dance of Death”.

A guerra e o mundo em que vivemos são uma preocupação bem ilustrada na capa e nos poemas deste novo trabalho, mais uma capa excelente (aliás, como todas!).
No site oficial da banda podes fazer uma escuta a todos os novos temas.

Indispensável para fãs!

COME ON YOU IRONS!

maidenfanclub@ironmaiden.com

http://www.ironmaiden.com

sexta-feira, setembro 01, 2006

Uma lição…

Devo dizer que não sou conhecedor da carreira dos Supertramp. Identifico os êxitos radiofónicos da banda, mas nunca me interessei especialmente pela sua música.

Estive ontem no Coliseu de Lisboa, para assistir ao concerto de Roger Hodgson, a convite do produtor José Serra e do promotor Nuno Chanoca. Devo-lhes um agradecimento pois mostraram-me o caminho para mais uma grande lição musical.

Roger Hodgson é um excelente cantor, acompanhado por um grande repertório. Desde sucessos a composições novas passando por canções mais íntimas, que a rádio não passou (como o próprio disse), todos os temas tocados nesta noite na memorável sala do Coliseu de Lisboa são grandes canções.

A acompanhar Hodgson estiveram um baterista, um baixista e um saxofonista. O elenco fica completo com a orquestra e maestro Portugueses que o acompanharam e que tanto e tão bem elogiou.

Ficou uma dedicatória (com ovação por parte do público) ao maestro José Marinho que faleceu há cerca de um mês durante os ensaios para este mesmo concerto.

A boa disposição de Hodgson esteve presente com a brincadeira sobre o facto de a bancada presidencial se encontrar vazia, “ Bem, o presidente não veio… paciência, mas não sabe o que está a perder…”.

Sala praticamente cheia por um público devoto e conhecedor do repertório apresentado.
O DVD “Live in Montereal – Take The Long Way Home ” estará à venda dentro de duas semanas como o próprio disse.

Ficou a curiosidade, que na minha próxima visita à Fnac será satisfeita, de adquirir alguns discos dos Supertramp, e de ver e ouvir este “Live in Montereal – Take The Long Way Home”

http://www.rogerhodgson.com/

http://www.supertramp.com/